Práticas alimentares em uma comunidade quilombola da Amazônia brasileira. (Axe III, Symposium 11) - HAL Accéder directement au contenu
Communication dans un congrès Année : 2010

Práticas alimentares em uma comunidade quilombola da Amazônia brasileira. (Axe III, Symposium 11)

Résumé

Cette communication vise à analyser à travers une perspective socio-anthropologique les pratiques alimentaires des habitants de deux communautés quilombolas de l'Amazonie brésilienne. Ces communautés revendiquent actuellement la titularisation des terres sur lesquelles elles vivent, défendant le fait qu'elles soient rémanentes des Quilombos (descendants des esclaves) en accord avec l'article 68 de l'acte des dispositions constitutionnelles transitoires de la constitution fédérale du Brésil - ADCT de 1988. Les terres sur lesquelles ils vivent sont des espaces entourés par des fazendas, domaines agricoles de grande taille utilisés pour l'élevage de bétail appartenant à des grands propriétaires. Ceci implique qu'ils ne disposent plus que d'un espace réduit pour pratiquer l'agriculture familiale, anciennement base des activités économiques. Cette situation pousse plusieurs d'entre eux à abandonner ces pratiques agricoles pour travailler pour les fazendeiros ou dans la ville la plus proche comme ouvriers pour les hommes ou employées domestiques pour les femmes. La conséquence est la réduction de la part d'aliments produits ou captés localement, ce qui provoque un changement dans leur mode de vie et dans la consommation des aliments qui sont de plus en plus achetés au marché. Ceci entraîne des modifications des représentations et pratiques alimentaires quotidiennes.
A presente comunicação busca analisar a partir de uma perspectiva sócio-antropológica práticas alimentares de habitantes de uma comunidade quilombola da Amazônia brasileira. Os habitantes dessa comunidade, representados pela associação comunitária local, reivindicam atualmente a titularização de terras onde vivem, a partir da alegação de habitarem uma comunidade de remanescentes de quilombo (descendentes de escravos fugitivos) de acordo com o artigo 68 da Constituição Federal brasileira de 1988. As terras onde vivem são cercadas por grandes fazendas de criação de gado que, em geral, pertencem a grandes fazendeiros, homens influentes na vida politica regional. Isso significa que os quilombolas estão confinados em um reduzido espaço de terra para praticar a agricultura familiar, antiga base de atividades econômicas. Esta situação leva vários deles a abandonar a prática agricola para trabalhar para os proprietários das fazendas do entorno, ou então na cidade mais próxima, geralmente, os homens conseguem trabalho como mão-de-obra braçal e as mulheres como empregadas domésticas. A consequência é a redução de parte dos alimentos produzidos ou coletados localmente. O que provoca uma grande mudança no modo de vida deles e no consumo dos alimentos que são cada vez mais comprados no mercado efetuando dessa forma modificações nas representações e práticas alimentares cotidianas.
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halshs-00514399, version 1 (03-09-2010)

Identifiants

  • HAL Id : halshs-00514399 , version 1

Citer

Marcilène Silva da Costa. Práticas alimentares em uma comunidade quilombola da Amazônia brasileira. (Axe III, Symposium 11). Independencias - Dependencias - Interdependencias, VI Congreso CEISAL 2010, Jun 2010, Toulouse, France. ⟨halshs-00514399⟩
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Dernière date de mise à jour le 06/04/2024
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