A ciência e as idas e voltas do senso comun - HAL-SHS - Sciences de l'Homme et de la Société Accéder directement au contenu
Article Dans Une Revue Scientiae Studia Année : 2003

A ciência e as idas e voltas do senso comun

Résumé

On ne peut concevoir de compréhension ni de communication sans référence au sens commun. Mais, d'un autre côté, il ne peut y avoir de connaissances nouvelles d'une certaine importance sans dépassement de ce sens commun, et donc sans une rupture avec lui. Ces deux exigences, qui paraissent à première vue contradictoires, peuvent-elles être conciliées ? On doit considérer que lorsque des connaissances vraiment nouvelles sont assimilées et devenues pleinement intelligibles, qu'elles sont objet d'enseignement, voire de divulgation, et servent de base pour aller de l'avant vers d'autres connaissances plus nouvelles encore, elles participent dès lors d'un nouveau « sens commun », modifié, différent de celui qui précédait, mais avec la même fonction pour la compréhension et la communication. On montrera, en s'appuyant sur plusieurs exemples pris dans la physique contemporaine (théorie de la relativité et physique quantique), que ce nouveau sens commun bénéficie des élargissements de la rationalité qui permettent de comprendre qu'un progrès des connaissances soit possible. Ces considérations ont des implications éthiques, du point de vue de la communication, par la possibilité de partager les connaissances en termes intelligibles avec des non-spécialistes, à travers un sens commun soumis à l'exigence de la critique. Il apparaît nécessaire de réfléchir sur les éléments de signification de la connaissance dont le partage est prioritaire, et sur les conditions de ce dernier.
Não podemos conceber a compreensão e a comunicação de idéias sem fazer referência ao senso comum. Porém, por outro lado, todo conhecimento novo que seja importante precisa ultrapassar o senso comum e, portanto, romper com ele. Essas duas exigências, aparentemente contraditórias, podem ser conciliadas ? E, se for o caso, de qual maneira ? Devemos, na verdade, reconhecer que, quando conhecimentos novos são adquiridos e bem compreendidos, assimilados, completamente inteligíveis, e até ensinados ; quando neles nos baseamos para avançar na direção de conhecimentos ainda mais novos, estes que foram adquiridos participam da constituição de um senso comum, modificado, diferente do precedente, mas que tem tanto direito quanto este à qualificação de « senso comum », exatamente no mesmo sentido que o antigo. Desta maneira, o senso comum se enriquece pela assimilação dos conhecimentos científicos. Mostraremos como ele beneficia, de fato, das « ampliações » da racionalidade que permitem compreender de que maneira o progresso do conhecimento torna-se possível. Vários exemplos examinados na área da física contemporânea (com a teoria da relatividade e a teoria quântica), ajudarão a explicitar concretamente a tese assim resumida. Estas considerações têm implicações éticas, do ponto de vista da comunicação, pela possibilidade de compartilhar o conhecimento em termos inteligíveis com os não-especialistas, através do senso comum submetido à crítica. Uma reflexão epistemológica se faz necessária a respeito dos elementos de significação do conhecimento a serem compartilhados prioritariamente.
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Citer

Michel Paty. A ciência e as idas e voltas do senso comun. Scientiae Studia, 2003, n°1, p.9-26. ⟨halshs-00187968⟩
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